O Ministério da Saúde promoverá,
de 07 a 11 de abril de 2014, a Semana Nacional de Humanização –
HumanizaSUS. Com o intuito de promover a humanização no Sistema Único de Saúde,
a iniciativa pretende impulsionar os Estados e Municípios para que promovam atividades
de reflexão sobre a prática e assistência de saúde oferecidas no país.
Em Recife e região teremos a
participação de várias instituições que trabalham preocupadas com a
realidade da atenção obstétrica brasileira e em prol de ações contra a
violência obstétrica. Violência que precisa ser desvelada e refletida entre
profissionais, instituições que oferecem serviços de saúde, mulheres e
sociedade civil.
A Fundação Perseu Abramo, em 2010,
revelou que 25% das mulheres brasileiras sofreram violência durante o parto, a
chamada violência obstétrica. Entretanto, o fato das rotinas obstétricas /
intervenções desnecessárias terem se naturalizado na assistência ao parto e
nascimento, muitas mulheres acabam por experienciar partos insatisfatórios e
traumáticos, e o tomam como referência negativa; não relacionando o fato da má
experiência ao atendimento violento. O debate sobre Violência Obstétrica
é, sobretudo, um debate sobre violência de gênero e sobre direitos reprodutivos
da mulher. E para que se consiga combater uma opressão é preciso primeiro
visibilizá-la.
Desta forma, torna-se imprescindível dar
visibilidade ao tema seja entre as mulheres, seja entre os profissionais, com o
intuito de sensibilizar para a transformação das práticas obstétricas. Por
parte das mulheres, isto possibilitará a busca por seus direitos. Por parte do
sistema de saúde, pode ser uma das principais formas para se alcançar as
recomendações da Organização Mundial de Saúde na assistência ao parto, que
preza pela humanização e cuidado baseado em evidências científicas com uso
restrito e moderado de intervenções.
Assim, o Grupo de Pesquisa Narrativas do
Nascer/DAM/UFPE, em conjunto com outras instituições, propõe para a semana de
07 a 11 de abril, uma Jornada de Enfrentamento da Violência Obstétrica,
que contará com mesas redondas, debates, exibição do filme “O Renascimento do
Parto”, oficinas de sensibilização dentro de hospitais, entre outros.
Nas atividades serão abordados
principalmente questões relativas à Recife e região quanto a violência
obstétrica na assistência vigente, como os itens que seguem abaixo; direitos
das mulheres no parto e quais os caminhos a serem percorridos para a
transformação desta prática.
Procedimentos violentos:
- Cesáreas feitas sem justificativa
médica plausível (Em Recife chega a 97% de cesarianas no serviço privado e no
Brasil em geral a 53%, sendo a recomendação da OMS de até 15% de cesáreas).
- Intervenções (como uso de soro com ocitocina, episiotomia, empurrões na barriga, restrição de liberdade de posições e movimentos etc.) feitas durante o parto sem justificativa e/ou consentimento da mulher.
- Mulheres em trabalho de parto que não conseguem ser internadas em maternidades porque precisavam ter feito agendamento.
- Tratamento desrespeitoso (tais como frases humilhantes, negligência, etc.)
- Restrição da entrada de ao menos um acompanhante da escolha da mulher durante qualquer momento do trabalho de parto, parto e pós-parto no hospital, o que está contemplado em lei.
- Dentre outros.
Entre as instituições parceiras temos: FENSG/UPE, Estácio, IMIP, MPPE, Grupo Cefapp, IDE, UFPE Vitória de Santo Antão e TVU/UFPE.
- Intervenções (como uso de soro com ocitocina, episiotomia, empurrões na barriga, restrição de liberdade de posições e movimentos etc.) feitas durante o parto sem justificativa e/ou consentimento da mulher.
- Mulheres em trabalho de parto que não conseguem ser internadas em maternidades porque precisavam ter feito agendamento.
- Tratamento desrespeitoso (tais como frases humilhantes, negligência, etc.)
- Restrição da entrada de ao menos um acompanhante da escolha da mulher durante qualquer momento do trabalho de parto, parto e pós-parto no hospital, o que está contemplado em lei.
- Dentre outros.
Entre as instituições parceiras temos: FENSG/UPE, Estácio, IMIP, MPPE, Grupo Cefapp, IDE, UFPE Vitória de Santo Antão e TVU/UFPE.
Abaixo, a programação para a
semana.
Algumas das atividades são abertas ao
público em geral e outras restritas às instituições. As informações podem ser
conseguidas diretamente com os organizadores de cada ação.
CONTATOS:
CEFAPP
Rua Major Codeceira, 189. Recife
selmocunha@grupocefapp.com.br
08198071775
Narrativas do Nascer / UFPE
narrativasdonascer@gmail.com
Programa Realidades
Marcelo Pelizolli
opelicano@gmail.com
Vitor
vitorpj@live.com
Centro Acadêmico de Vitória de Santo Antão
Rua Alto do Reservatólrio S/N- Bela Vista-
Vitória de Santo Antão
Zailde Carvalho dos Santos
zailde2013@gmail.com
Grupo Boa Hora
Espaço Luminaris
Rua Silveira Lobo, 107. Recife.
dan@institutonomades.org.br
mariana@institutonomades.org.br
Acadêmicos de enfermagem - Estácio
Av. Engenheiro Abdias de Carvalho, Nº 1678
3226-8800
ABENFO
Cinthia Martins (EO)
Kéllida Feitosa
kel_feitosa@yahoo.com.br
Rachel Caroline
rachelcaroline@hotmail.com
Danyelle Rodrigues
danyellerparaujo@yahoo.com.br
UPE FENSG
Rua Arnóbio Marques, 310, Santo Amaro
Camila Jordão (aluna UPE Enfermagem)
camillajordao@hotmail.com
Alexandra Nascimento (alexsandraupe@gmail.com)
IDE
Gilmar Júnior - coordenacaoenfermagemide@gmail.com