terça-feira, 22 de maio de 2012

Repensando a atenção obstétrica no Recife

Marcando o Dia Mundial de Ação pela Saúde da Mulher e Dia Nacional de Combate à Mortalidade Materna, 28 de maio, o Grupo Curumim, o Instituto Nômades, o Ishtar - Espaço para Gestantes, a Maternar e o Grupo Narrativas do Nascer/UFPE estão promovendo uma série de ações para chamar a atenção da população para as diversas situações de violência obstétrica que têm sido vivenciadas por mulheres em Pernambuco, e gostaríamos de poder contar com a participação do maior número possível de pessoas para dar força ao movimento.



Na quarta-feira, dia 23, teremos, no âmbito do 38º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia, o debate "Modelo de Atenção Obstétrica no Recife: Identificando problemas e encontrando soluções". Todos são bem vindos para este evento: usuárias do sistema de saúde (público e privado), profissionais, ONGs, representantes do poder público, representantes das maternidades do Grande Recife, e todas as pessoas interessadas. Durante o evento estaremos também coletando denúncias de situações de violência obstétrica vivenciadas por mulheres em seus partos.



Na segunda-feira, dia 28, pela manhã, entregaremos ao Ministério Público Federal as denúncias de violência obstétrica coletadas. À tarde, durante o evento "Entre as Orelhas: O parto como evento integrativo", que acontecerá na UFPE, faremos o lançamento de uma campanha contra a violência obstétrica.



Até sábado, dia 26, estamos coletando denúncias de situações de violência obstétrica vividas durante o parto. Quem não conseguir levar sua denúncia ao evento da quarta-feira pode enviar por email para: boahora@institutonomades.org.br. Nas denúncias deve constar o fato ocorrido, nome da maternidade, data e hora da ocorrência. Exemplos de violência obstétrica:

- Cesáreas feitas sem justificativa médica plausível

- Intervenções (como uso de soro com ocitocina, episiotomia, empurrões na barriga, restrição de liberdade de posições e movimentos etc.) feitas durante o parto sem justificativa e/ou consentimento da mulher

- Mulheres em trabalho de parto que não conseguiram ser internadas na maternidade porque precisavam ter feito agendamento
- Tratamento desrespeitoso (tais como frases humilhantes, negligência, etc.)

- Restrição da entrada de ao menos um acompanhante da escolha da mulher durante qualquer momento do trabalho de parto, parto e pós-parto no hospital

- Dentre outros.

Contamos com a participação de vocês! Vamos nos mobilizar para transformar a assistência ao parto no Recife!

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